Black Friday impulsiona vendas e varejo tem melhor novembro desde 2000

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WJCONSUMO13 - RJ - 15/07/2015 - MERCADO/CONSUMO - ESPECIAL DE FIM DE SEMANA PARA ECONOMIA OE - Imagem para matéria especial de economia sobre consumo. Os números mais recentes do varejo indicam que as famílias estão cortando até mesmo itens essenciais ao dia a dia, ou substituindo por marcas mais baratas, diante da queda na renda, do aumento do desemprego e da inflação elevada. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

As vendas do comércio varejista subiram 2,9% em novembro antes outubro, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 15, o instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE). A Black Friday foi apontada pelo instituto como motivo da alta expressiva no comércio brasileiro. O varejo teve seu melhor novembro e o segundo maior avanço mensal já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 2000.

O resultado veio acima das estimativas dos analistas ouvidos pelo projeções broadcast,  que esperavam desde uma queda de 0,20% a avanço de 2,70%, com mediana positiva de 0,95%. O dado mensal só não foi maior do que o registrado em janeiro de 2017, quando houve um avanço em relação a dezembro de 2016 de 4%.

Com o resultado novembro ante outubro, o comércio brasileiro devolve a perda acumulada nos dois últimos meses, quando a atividade no varejo contraiu 1,8%, com dados já revisados de outubro e setembro.

“O resultado de novembro compensou essa queda. A recuperação fica evidente não só pela taxa expressiva, mas pelo perfil predominantemente positivo entre as atividades”, explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.

Na comparação com novembro de 2017, as vendas do varejo tiveram uma alta de 4,4% em novembro de 2018.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 2,5% no ano. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 2,6%.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 1,5% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas (projeções broadcast), mas acima da mediana. Os analistas esperavam desde um recuo de 0,60% a alta de 2,40%, com mediana positiva de 0,40%.

Na comparação com novembro de 2017, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 5,8% em novembro de 2018. Nesse confronto, as projeções variavam desde um aumento de 0,90% a 5,90%, com mediana positiva de 4,20%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 5,4% no ano. Em 12 meses, o resultado foi de avanço de 5,5%.

Seis entre as oito atividades do varejo registraram avanços nas vendas em novembro ante outubro de 2018, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados nesta terça-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta de 2,9% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de outubro para novembro foi puxada pelos descontos da Black Friday, praticados no mês de novembro, com destaque para os desempenhos dos segmentos de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,9%), Móveis e eletrodomésticos (5,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,8%).

“A Black Friday pega todas as atividades em geral, mas ela é mais intensa nesses segmentos, nos setores com canais de vendas online”, explicou Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE. “Em farmacêuticos, (o que puxa as vendas) é a parte de perfumaria principalmente”, acrescentou.

As demais taxas positivas ocorreram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,7%) e Combustíveis e lubrificantes (0,1%).

Por outro lado, houve redução nas vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,9%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%).

Quanto ao comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas cresceu 1,5% em novembro ante outubro. As vendas de Veículos, motos, partes e peças recuaram 2,2%, enquanto o setor de Material de construção encolheu 0,7%/ AE

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