Zé Bonzinho II – Um Personagem Bem Brasileiro. POR J. B. PONTES

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Outra variante de Zé Bonzinho é aquele indivíduo que afirma que não se envolve com política – quer dizer, não se interessa pela gestão dos interesses coletivos -, pois acredita muito em Deus e, portanto, coloca tudo em suas mãos. Acredita que só Ele pode ou deve resolver os nossos problemas.
Em verdade, Deus pode até dar uma ajudinha aqui e ali, mas o trabalho pesado para a construção de uma sociedade nova é nosso. Ele nos concedeu a liberdade para que possamos ser causa, agindo como seus agentes para implantar o seu Reino aqui na Terra que, como todos sabemos, é de paz, solidariedade, fraternidade, justiça e verdade.
Deus nos motiva, nos incentiva e nós dá as instruções e os instrumentos necessários à construção de uma sociedade mais justa, mais feliz, solidária, justa e igualitária. Essa é, de fato, a nossa tarefa máxima aqui na Terra. Entendemos que foi isto que Jesus quis nos ensinar, quando disse “buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Reflitamos para concluir que nenhum mérito teríamos se Deus ou os seus mensageiros transcendentes fizessem, para nós, o trabalho de melhorar a nossa sociedade. Isto seria muito cômodo e um verdadeiro absurdo, por ser impossível que um povinho ainda tão imperfeito pudesse viver numa sociedade justa, fraterna, solidária, pacífica e igualitária.
Ademais, o Zé Bonzinho tem que saber que, para construirmos essa sociedade nova, temos que agir “intro-extra”, equilibradamente, e que, só assim, estaremos em contato permanente com Deus.
O “intro” significa “agir em si”, trabalhar em nós próprios, procurando a cada dia sermos um pouco melhor – menos hipócritas, mentirosos, orgulhosos, ambiciosos, gananciosos e egoístas. Mas temos que agir também “extra”, sob pena de nos tonarmos egocêntricos. O “extra” significa agir no mundo, participando, como dissemos, na construção de uma nova sociedade.
Enfim, para participarmos ativamente na construção dessa nova sociedade temos que crescer muito, espiritual e intelectualmente. E, sobretudo, aprender a trabalhar em conjunto e em harmonia com aqueles que estão conosco a caminhar, com espírito de solidariedade, fraternidade e justiça.

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