Trump diz que ‘tudo será consertado’ com Pyongyang, mas usará capacidade militar para impedir ataque

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O presidente americano, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 7, que os EUA estão preparados para usar a gama completa de forças militares para impedir um ataque da Coreia do Norte, e ressaltou que está focado em usar “todas as ferramentas disponíveis antes da ação militar” para prevenir um conflito.

“A Coreia do Norte é uma ameaça mundial que requer uma ação mundial”, disse Trump a repórteres, em uma entrevista coletiva ao lado do presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Pouco antes, ele tinha falado em resolver a situação com Pyongyang. “Vamos tratar com os principais generais sobre a situação na Coreia do Norte. Em última instância, tudo será consertado. Sempre se conserta. Tem que se ajeitar.”

Os comentários vieram depois que os dois líderes realizaram conversas formais na residência presidencial Casa Azul, em Seul, onde Moon disse a Trump que espera que sua visita alivie um pouco a ansiedade dos sul-coreanos em relação à Coreia do Norte e sirva como um “ponto de virada na resolução da questão nuclear norte-coreana”.

“Estamos mostrando uma posição muito forte, e acho que eles entendem que temos um poder militar incomparável”, disse Trump, ao ser questionado sobre a postura de Washington diante de Pyongyang e a possibilidade de liderar a Coreia do Norte nas negociações para a desnuclearização.

“Acreditamos que faria sentido para a Coreia do Norte que decidisse se sentar à mesa de negociações e fazer um acordo. É verdade que vejo certo movimento, sim, veremos aonde conduz”, afirmou Trump.

O líder americano chegou nesta terça-feira à Coreia do Sul, na segunda etapa de sua viagem pela Ásia, com a promessa de “resolver tudo”, apesar das divergências com Seul a respeito da questão nuclear norte-coreana.

O avião presidencial Air Force One pousou às 12h30 (1h30 em Brasília) na base aérea de Osan, na região de Seul, onde o presidente e sua mulher, Melania, foram recebidos pela ministra sul-coreana das Relações Exteriores, Kang Kyung-wha.

Nos últimos meses, a tensão aumentou a respeito do programa nuclear de Pyongyang e o presidente americano trocou insultos e ameaças, inclusive de guerra, com o líder norte-coreano Kim Jong-un, um conflito que afetaria os 10 milhões de habitantes da Coreia do Sul. / REUTERS, AFP e EFE

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