O senador Tasso Jereissati (PSDB) lançou a pré-candidatura do general Guilherme Theophilo ao governo do Ceará, nesta segunda-feira (21/05) no Iguatemi.
Dois dos aliados oposicionistas que vinham participando das reuniões e negociões com o bloco de oposição ao governador Camilo Santana(PT), não participaram do lançamento da pré-candidatura do general. O deputado federal Genecias Noronha (SD) já vinha anunciando antecipadamente que não participaria de uma candidatura, caso os nomes não fossem de Tasso e Capitão Wagner. O PSD liderados por Domingos Filho e Domingos Neto também não deram as caras no evento e anunciaram a saída do bloco.
Tasso disse em sua fala que nunca se sentiu tão só na política como agora e atribuiu o esvaziamento do bloco de oposição aos conchavos políticos feitos com o dinheiro público pelas bandas do lado do governo.
O senador Tasso também fez críticas ao comportamento do senador Eunício Oliveira (MDB) que segundo ele, tem dois comportamentos, afirmando que em Brasilia Eunício é Temer e no Nordeste é Lula. Na fala do senador ficou claro seu desapontamento com os partidos e ex-aliados que abandonaram a candidatura do general.
Tasso cometeu alguns erros clássicos no processo de escolha da candidatura do general Guilherme Theophilo. Candidaturas são construídas ao longo do tempo, não se impõe e jamais deve-se perder a visão do todo.
O problema da segurança pública cegou a todos. A busca por uma solução imediata, gera a procura de nomes das forças de segurança, como se isso, por si só, solucionasse um problema que se acumula a décadas de descasos de governantes anteriores. Governadores negligenciaram este tema e falharam em outras áreas que acabou culminando com a crise de violência que estamos vivendo.
Tasso tem agora um general para chamar de seu, sem conchavos políticos, mas precisa ganhar a eleição para fazer valer o slogan, “bota moral, general”.
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