Nordeste volta a ter quatro na Série A depois de 17 anos; democracia impera na B

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O Campeonato Brasileiro estará mais arretado do que nunca na era dos pontos corridos. Com o acesso no Ceará e as permanências de Bahia, Vitória e Sport na elite, a Região Nordeste terá quatro representantes pela primeira vez no sistema de disputa implementado em 2003. Ou seja, os nordestinos ocuparão 20% das vagas na elite do futebol brasileiro em 2018. Desde 2001 que o Nordeste não tinha um quarteto de participantes na principal competição do país. Na ocasião, os clubes foram quase os mesmos do ano que vem, trocando apenas o Ceará pelo Santa Cruz.

A Região Sudeste cumpre bem o seu papel de principal força econômica do país também no futebol. São 11 times (55% das vagas), sendo quatro paulistas, quatro cariocas e três mineiros. O número deste ano foi o mesmo. A única mudança foi entrada do América-MG no lugar da Ponte Preta, que caiu para a Segundona. Os demais lugares pertencem aos clubes da Região Sul, que promoveu duas trocas importantes na sua representatividade. O futebol paranaense ganhou o retorno do Paraná e perdeu a presença do Coritiba. Santa Catarina viu a queda do Avaí, mas o Rio Grande do Sul garantiu sua segunda vaga com o retorno do Internacional.

O rebaixamento do Atlético-GO deixou a Região Centro-Oeste sem representante na Série A da próxima tempoarada. A Região Norte não marca presença desde 2005, desde que o Paysandu competiu no maior campeonato do Brasil.

  •   SÉRIE B

Se a Série A está concentrada em apenas três regiões, a Série B do Campeonato Brasileiro pode ser considerada mais democrática quando se olha a origem de cada um dos 20 clubes. A Região Sul tem sete integrantes e lidera em representatividade (Brasil de Pelotas-RS, Juventude-RS, Avaí-SC, Figueirense-SC, Criciúma-SC, Coritiba-PR e Londrina-PR). O Sudeste vem em seguida com cinco equipes. Subiu uma vaga em relação a este ano. Perdeu o América-MG, que subiu de divisão, mas tem agora Ponte Preta e São Bento, ambos de São Paulo. Eles se juntam a Boa Esporte, Guarani e Oeste.

O Nordeste vem em seguida com quatro representantes, mesmo número da Série A. A região jamais tinha igualado a quantia de clubes nas duas principais divisões na era dos pontos corridos, o que mostra um fortalecimento esportivo. Se cresceu em vagas na elite, o Nordeste tem um lugar a menos agora na B. Além do acesso do Ceará, houve a queda de Náutico, Santa Cruz e ABC para a Terceira Divisão. Em contrapartida, a Série B terá agora CSA, Fortaleza e Sampaio Corrêa – todos subiram da C, além do CRB, que se manteve na Segundona.

O Centro-Oeste é representado por três times novamente. A diferença é a saída do rebaixado Luverdense para a entrada do Atlético-GO, lanterna da Série A. Goiás e Vila Nova se mantiveram. A Região Norte completa a Série B com o Paysandu, que desde 2005 não figura na elite.

(GE)

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