Jungmann: nova investigação do caso Marielle rompe uma aliança satânica no Rio

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O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, fala à imprensa após Simpósio de Combate à Corrupção, na Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro.

As investigações em torno da morte da vereadora Marielle Franco, agora federalizadas, romperam uma “aliança satânica” que existe no estado do Rio, que se tornou o “coração das trevas”, afirmou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Ele falou com jornalistas nesta sexta-feira (30/11), durante anúncio de repasse de R$ 20 milhões para um programa da Marinha de monitoramento da costa do Rio e do Espírito Santo.

Ao ser questionado se tinha expectativa de resolução do caso que envolve a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março deste ano, Jungmann respondeu que esperava ver os fatos esclarecidos o mais depressa possível. Segundo o ministro, o crime envolve pessoas muito poderosas no estado.

“Eu tenho expectativa, torço e rezo para que isso se esclareça o mais rápido possível. Nós estamos preocupados em romper a aliança satânica que reúne esses poderes que colocam de joelhos o Rio de Janeiro. Sempre contando com as forças do bem no estado, que lutam contra o reino das trevas, que hoje vige no Rio de Janeiro. Para que a gente acenda as luzes da paz, da tranquilidade e da vida neste coração das trevas, que eu espero tenha os dias contados”, disse o ministro, após a solenidade no Comando de Operações Navais, no centro do Rio.

Jungmann lembrou que a entrada de forças federais no caso deu novo rumo às investigações, que até agora eram unicamente de competência da Polícia Civil do Rio.

“Nós rompemos a blindagem aqui do Rio de Janeiro, com a investigação que está sendo feita do caso Marielle, com a participação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal. Está rompida a blindagem daqueles que queriam que tudo permanecesse dominado. Pela primeira vez temos a ruptura da blindagem da couraça que impedia que fossem apurados os podres poderes do Rio de Janeiro, a coalização satânica”, disse o ministro.

Sobre o legado do governo federal na área de segurança e a expectativa, a partir do próximo ano, Jungmann mostrou-se otimista ante a possibilidade de melhora na situação como um todo.

“Sem sombra de dúvida, temos uma mudança de sinal. Não quero ser ufanista, porque ainda tem muita violência e facções criminosas. Posso, sim, transmitir esperança, porque hoje há uma coalização do bem que começa a ter resultados positivos. Ainda não está perto, está longe, mas eu não tenho dúvida de que segurança pública no Brasil hoje tem rumo. E tenho certeza de que quem vai nos suceder, o juiz [Sergio] Moro, tem competência, capacidade e biografia, e vai levar adiante este legado, fazendo muito mais”, declarou Jungmann./AB

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