18 jogos em 2018: Chamusca elogia atletas do Ceará e exalta 72% de aproveitamento

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Em 2018, o Ceará já fez 18 jogos em cerca de dois meses. Dividindo-se entre Campeonato Cearense, Copa do Brasil e Nordestão, o time de Marcelo Chamusca já atuou, se compararmos, em praticamente um turno da Série A do Campeonato Brasileiro. Com aproveitamento de 72,2%, Marcelo Chamusca reforça o mérito dos atletas, que, segundo ele, “dão respostas em campo e são competitivos”.

– Para o nosso trabalho, para o início de temporada, é um número excelente. Manter o mesmo número de aprovitamento (nas três competições). Temos uma performance boa, o time está jogando bem. É muito difícil manter isso, sem tempo, com três competições em paralelo, com intervalo de até dois dias (entre os duelos). O mérito maior de a gente estar fazendo essa boa campanha é dos jogadores, dão resposta, são competitivos, não fazem diferença entre os jogos. Com os departamentos de fisiologia, nutrição, análise de desempenho, é um somátório de aspectos. Apesar de números grandes de competições – declara, em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com/ce.

No Campeonato Cearense, o Ceará tem 11 jogos, com sete vitórias, dois empates e duas derrotas, com 69,69% de aproveitamento. Na Copa do Brasil, são três jogos, com duas vitórias e um empate, com 77,7% de aproveitamento. Na Copa do Nordeste, são quatro jogos, com três vitórias e uma derrota, com 75% de aproveitamento. Com a vitória contra o Sampaio Corrêa, o Ceará retomou a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste e encaminhou a classificação para a próxima fase do torneio. As atenções se voltam para o jogo contra o Iguatu, pelo Campeonato Cearense, que será nesta terça-feira (13), às 20h30, na Arena Castelão. Raul deve ser titular de novo, mas a tendência é que o Vovô jogue com o “time B” nesta partida.

O Arthur é o artilheiro do Ceará na temporada, com nove gols. O que falta para ele ser considerado titular (na vaga de Élton)?

O atleta está vivendo um bom momento, tem entrado bem, fez jogos da Copa do Nordeste, Copa do Brasil. Mas a maioria é no estadual. Ele está buscando espaço. A gente está em um processo, não pode atropelar, conheço o potencial dele, melhorou muito mais do que no ano passado. No ano passado, ele se abateu em situações em que não teve êxito. Esse espaço a gente vai dar quanto achar que é ideal. Se funcionar assim, ele vai manter.

Após oito meses no Ceará, você já considera este o melhor trabalho da sua carreira?

– A gente vem fazendo no Ceará, em termos de número, um momento que é interessante. É um dos melhores trabalhos, mas eu não quero dizer o melhor, já tive aproveitamentos próximos ou até maior em outros times.

O que o time ganha, em termos táticos, com a vinda do Romário para a lateral esquerda?

– O Romário é um jogador identificado com o torcedor, fez uma Série B consistente, tem bom vestiário, é um jogador que já conhece o clube, isso ajuda, ele vai chegar e brigar pelo espaço, o Rafael Carioca está jogando bem. Ele (Romário) tem qualidade e merecimento para buscar o espaço dele.

Você já fez 18 jogos em aproximadamente dois meses, o Ceará é um dos times que mais jogou esse ano. Como é trabalhar desse jeito?

É muito difícil, até certo ponto é desumano. Banaliza o jogo, se você pegar os números, vê que o calendário o treinador não participa, só recebe como vai ser o campeonato, com muitas datas, muitas fases. Era para fazer um mais enxuto, privilegiar os clubes que estão jogando competições em paralelo, as competições foram conquistadas com méritos. Acho o calendário desumano, botamos jogadores para atuar, fazendo observações para a Série A. Mas é desgastante para atletas, comissão e torcedor. Ele fica esperando o jogo que vai, isso é ruim. E a qualidade técnica também acaba ficando ruim.

 O que o Fortaleza representa na sua carreira como técnico?

– É um clube muito importante na minha carreira. Eu saí do Salgueiro, fiz uma campanha muito boa na Copa do brasil. Conquistamos o acesso. O Fortaleza me abriu a porta para trabalhar em um grande clube, como torcida apaixonada, foi importante, respeito o clube, que vai fazer 100 anos, e respeito ao torcida. Hoje defendo as cores do Ceará. Se precisar dar a vida pelo Ceará, vou dar. Mas vou sempre ser grato pelo Fortaleza ter me dado esta oportunidade. (Foto: Divulgação/ Ceará)/ ge

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